Antínoo era natural da Bitínia (norte da Ásia Menor, hoje na Turquia), mas os seus antepassados provinham, supostamente, da cidade árcade de Mantinéia, na Grécia continental.
É provável que Adriano tenha conhecido Antínoo durante uma visita à Bitínia e que o tenha levado consigo. Adriano era trinta e quatro anos mais velho que Antínoo (um adolescente), enquadrando-se a relação no modelo pederástico existente na Antiguidade Clássica. Aparentemente a relação não gerou qualquer tipo de escândalo na altura.
Em Outubro de 130, durante uma visita ao Egipto, Antínoo morreu afogado no rio Nilo, mas as circunstâncias em que o evento ocorreu são pouco claras.
É pouco provável que tenha sido assassinado por Adriano por motivos políticos, dado que o estatuto e origens do rapaz não representavam qualquer tipo de ameaça política ao imperador. Frequentemente defende-se que o próprio Antínoo ofereceu-se como sacrifício aos deuses, de modo a assegurar a prosperidade de Adriano. Na época o imperador passava por um mau período, marcado por problemas de saúde, revoltas em partes do Império Romano e seca e fome no Egipto. Adriano e Antínoo tinha sido iniciados nos mistérios de Elêusis, sendo provável que as suas vidas tenham tomado um carácter mais místico. No Egipto acreditava-se que a morte de um jovem no Nilo seria favorável à obtenção do favor dos deuses (sendo a pessoa associada a Osíris) e não era estranho ocorrerem mortes cerimoniais na época do ano em que Antínoo e Adriano visitaram o país. Outros autores sugerem que Antínoo pode ter cometido suicídio, dado que como tinha agora vinte anos, os seus encantos juvenis começariam a deixar de interessar ao imperador. Segundo as fontes da época, após a sua morte Adriano teria chorado como uma mulher.
Poucas semanas após a morte de Antínoo, Adriano decretou a sua deificação. O imperador ordenou a construção de uma nova cidade perto do local da sua morte, Antinópolis, no Alto Egipto, perto de Hermópolis (actualmente o local é denominado Sheikh Ibada). A divindade tutelar da cidade era um deus sincrético, resultado da fusão de Antínoo com Osíris. Por todo o Império Romano foram erguidas numerosas estátuas de Antínoo e na parte oriental do Império levantaram-se templos dedicados ao jovem. Foi dado o nome Antínoo a uma estrela e o imperador escreveu um epitáfio dedicado ao jovem, que mandou gravar num obelisc, que se encontra hoje nos Jardins do Pincio em Roma.
Adriano viveu ainda mais oito anos. Após a sua morte a sua relação com Antínoo foi utilizada contra si pelos seus detractores. Os primeiros autores cristãos também criticaram esta relação, que para eles era um exemplo da amoralidade patente do paganismo.
Ao longo dos séculos a figura de Antínoo serviu de inspiração à arte e à literatura, como mostra o poema Antínoo escrito em inglês por Fernando Pessoa. A vida de Antínoo com Adriano é retratada no romance Memórias de Adriano (no título original: Mémoires d'Hadrien) de Marguerite Yourcenar.
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