Domícia Lucilla, também conhecida como Lucilla ou Domícia Calvilla (? - falecida entre 155 e 161) foi uma nobre romana que viveu durante o segundo século.
Era filha de Tulo Domício Calvisio e Catilia, a filha de Lúcio Catilio Severo, que fora cônsul e prefeito urbano. Era sobrinha de Lucano Domicio. Seu pai serviu como cônsul em 109 e obteve um segundo consulado numa data não conhecida.
Seu pai e seu tio eram proprietários de uma fábrica de tijolos localizada na lateral do Tibre, perto da capital imperial. Esta fábrica forneceu material para alguns dos monumentos mais famosos de Roma, como o Coliseu, o Panteon de Agripa e o Mercado de Trajano. Vendiam para a Gália, a Hispania e o Norte da África e ao longo de todo o Mediterrâneo.
Lucilla contraiu matrimônio com Marco Annio Vero, um pretor que procedia de uma rica família senatorial romana. A irmã de Vero, Faustina Maior, foi uma imperatriz romana, casada com o imperador Antonino. Vero era sobrinho da imperatriz romana Víbia Sabina, e sua avó materna era Matídia, a sobrinha do imperador Trajano.
Em seu matrimônio com Vero teve dois filhos, o futuro imperador Marco Aurélio (26 de abril de 121) e uma filha, Annia Faustina Cornifícia (123 - 152). Seu marido morreu no ano de 124, deixando-a viúva com dois filhos, que os criou com seu sogro. A fábrica de tijolos foi herdada por Marco com sua morte.
O futuro imperador Dídio Juliano se criou em sua casa e graças a seu apoio e a seu respaldo econômico pôde começar sua carreira. Domícia Lucilla é descrita por fontes antigas como uma dama de grande riqueza e influência. Em suas Meditações, Marco Aurélio a descreve como uma mulher piedosa e generosa. Passou seus últimos anos com seu filho em Roma.
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