Questor lendo a sentença de morte ao senador Thrasea Paetus, de Fyodor Bronnikov |
Públio Clódio Trásea Peto foi a personagem mais influente que decidiu tornar público seu descontentamento com o início do principado. Suas origens remontam ao norte da Itália – Pádua -, e Tácito achava que o escândalo provocado nas pequenas cidades pela ida levada em Roma era o principal responsável pelas atitudes intransigentes de homens como Trásea.
Foi amigo de Pérsio e Vespasiano, companheiro de Demétrio, o Cínico, e genro de Cecina Peto e Arria. Escreveu uma biografia de Catão Uticense e foi, por sua vez, objeto de uma biografia. Sua influência tornou-se especialmente marcante quando o reinado de Domiciano suscitou pressões e simpatias idênticas entre os sobreviventes dessa geração; desse fato deriva o interesse de Tácito.
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SE NAO ME ENGANO, ESTE AI, JA FOI CITADO EM ALGUM FILME [SOH E FILME PRA EU CONHECE-LO MESMO]
ResponderExcluir"HONRA DE SUICIDAR-SE"
ISSO NÃO ERA HONRA? ERA?
- NOTA DO PORTAL VERITAS -
ResponderExcluirDe acordo com o código penal romano, as sentenças de morte variavam de acordo com o estado civil do acusado. A morte por crucificação era impetrada a estrangeiros, aqueles que, apesar de residirem sob solo romano, não possuem cidadania romana. Os dois exemplos mais ilustres são o de Cristo e os rebelados de Espártaco. Contam os anais que após o Triúnviro Crasso derrotar Espártaco, todos as outras centenas de escravos foram crucificados ao longo da via Ápia.
A condenação por degolamento era impetrada por cidadãos romanos pertencentes à Ordem Plebéia, o povo, a maioria da população. O exemplo mais típico é o de São Paulo, narrado em Atos dos Apóstolos.
A condenação por suicídio era impetrada aos membros da Ordem Senatorial. O suicídio, as vezes, era cometido mesmo sem qualquer motivo processual; decorria de acordo com a cultura romana de dignidade e da índole pessoal de cada subjetividade. Além de Trasea Peto, o filósofo Sêneca também foi condenado ao suicídio. Agripina, a Velha morreu por suicídio por vontade própria, deixando de comer.
Breno Bastos
Gerente do Espaço Veritas
Mas não cabe a nós julçgarmos se era honra ou não, pois era a cultura deles. Do mesmo modo que não cabe a ninguem julgar a segurança ou a administração brasileira
ResponderExcluirNo japão tem isso, não? A pessoa comete suicídio para "reparar" um ato de desonra, e isso torna a pessoa honrada.
ResponderExcluirLegal essa série de esculturas de Imperadores, e sua localizações.
Parabéns por propagar veementemente estas informações!!!
ResponderExcluirvocê poderia falar sobre Lutero
abs
Também tive a impressão de ter visto essa em algum filme.....
ResponderExcluirAcho um barato vcs colocarem o pefil de cada personagem da história grega ou romana. Cada dia que venho aqui aprendo mais um pouco.
ResponderExcluirAbraço
Acho que ser dado a honra de se suicidar tenha ligação com o ato da escolha, de não se estar totalmente a merce do outro... Muito interessante ter acesso a hábitos e costumes de tempos remotos! Parabéns pela proposta!!
ResponderExcluirRonny, uma das preocupações mais fundamentais da filosofia antiga é a proteção que o homem é capaz de obter da fortuna, da sorte. Alguns autores dirão que o pensamento greco-romano é eminentemente trágico, o que, no meu entendimento não está errado. Quando estóicos, cínicos e céticos proclamam a indiferença como meta ética, desejam se proteger do aspecto contingencial da existência, como fome, exílio e morte.
ResponderExcluirDessa forma, penso que a opção livre pelo suicídio esteja vinculada ao mesmo raciocínio: não se sobrepujar. E entenda bem: esse sobrepujar não significa ao outro, mas, principalmente, à ordem natural das coisas, em seu aspecto mais sombrio e tenebroso, às própria arbitrariedades e tiranias da fortuna, como dirão os romanos.
Breno Bastos
Gerente do Portal Veritas