Por Breno de Magalhães Bastos
Pré-Socráticos: Vocabulário Filosófico
Arkhé - ἀρχή
O que está no começo, o início, a origem de algo. Arkhé significa o princípio absoluto - primeiro e último - de tudo o que existe. É o que vem e está antes de tudo, no começo e no fim de tudo, a base, o que existe de perene, constante, incorruptível em todas as coisas.
O que está no começo, o início, a origem de algo. Arkhé significa o princípio absoluto - primeiro e último - de tudo o que existe. É o que vem e está antes de tudo, no começo e no fim de tudo, a base, o que existe de perene, constante, incorruptível em todas as coisas.
Phýsis - φύσις
Substantivo que deriva de um verbo que, na voz ativa, é usado em Homero com o sentido de fazer nascer, produzir. Possui três sentidos principais:
Substantivo que deriva de um verbo que, na voz ativa, é usado em Homero com o sentido de fazer nascer, produzir. Possui três sentidos principais:
1. ação de fazer nascer, formação, produção;
2. a maneira íntima, o caráter de um ser;
3. a natureza como força criadora e produtora de um ser, a constituição geral dos seres.
A phýsis - traduzida para o latim como natura e para o português como natureza - é a fonte originária das coisas, é a realidade primeira e última. É o que existe de visível na arkhé, o modo como esta se faz percebida e pensada. Embarca a totalidade de tudo o que é. Por ser a manifestação do real - da arkhé no plano visível -, por ser o que subsiste a tudo que nasce e morre, os primeiros filósofos afirmavam que nada vcem do nada e nada retorna ao nada. Não há nada; há phýsis. Isso faz com que os pré-socráticos sejam chamados de physiologói, físicos. Considerando que nada vem do nada, afirmam: o mundo é eterno.
Kínesis
Derivado do verbo kinéo, kínesis compreende as mudanças, alterações processadas no plano qualitativo, quantitativo e espacial. Os pré-socráticos - e toda a filosofia posterior a eles - se espantavam com a instabilidade das coisas, com a aparição e desaparição, o nascimento e a morte, a geração e a corrupção dos seres, ou, como os historiadores de filosofia dizem, com o devir incessante da natureza, da qual o homem faz parte.
Kínesis
Derivado do verbo kinéo, kínesis compreende as mudanças, alterações processadas no plano qualitativo, quantitativo e espacial. Os pré-socráticos - e toda a filosofia posterior a eles - se espantavam com a instabilidade das coisas, com a aparição e desaparição, o nascimento e a morte, a geração e a corrupção dos seres, ou, como os historiadores de filosofia dizem, com o devir incessante da natureza, da qual o homem faz parte.
Kósmos
Ordem do mundo. Forma como o mundo se apresenta. Por extensão, o próprio mundo.
Ordem do mundo. Forma como o mundo se apresenta. Por extensão, o próprio mundo.
PRÉ-SOCRÁTICOS
É terreno comum entre os historiadores de filosofia a divisão dos pré-socráticos em quatro grandes correntes que coexistem entre si. O próprio nome filósofos pré-socráticos se refere ao tema que discutiam. Alguns deles, aliás, eram contemporâneos a Sócrates, como Anaxágoras e Zenão, e o pitagórico Árquitas foi amigo de Platão. Esses filósofos foram, portanto, investigadores da phýsis, da física.
Escola Jônica (Ásia Menor)
1.Tales de Mileto - Θαλῆς
2. Anaximandro de Mileto - Αναξίμανδρος
3. Anaxímenes de Mileto - Αναξιμένης
4. Heráclito de Éfeso - Ἡράκλειτος
Escola Pitagórica ou Itálica (Magna Grécia)
1. Pitágoras de Samos - Πυθαγόρας
2. Alcmeão de Crotona
3. Filolau de Crotona - Φιλόλαος
4. Árquitas de Tarento
Escola Atomista (Trácia)
1. Leucipo de Abdera
2. Demócrito de Abdera
Alguns autores chamam a escola atomista de Pluralista porque entendem a phýsis como pluralidade. Acrescentam, ainda, os nomes de Empédocles de Agrigento (Ἐμπεδοκλῆς) e Anaxágoras de Clazómena (Ἀναξαγόρας) a esta escola.
Bibliografia:
CHAUÍ, Marilena. Introdução a História da Filosofia: dos Pre-Socráticos a Aristóteles, volume 1. Segunda Edição, rev. e ampl. - São Paulo: Companhia das Letras, 2002.
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