Filho de Marco Aurélio, Lúcio Aurélio Cômodo Antonino nasceu em 31 de agosto de 161 DC, juntamente com um irmão gêmeo que morreu por volta de 165 DC. Foi designado como herdeiro juntamente com outro irmão, Anio Vero, falecido de causas naturais em 169.
Cômodo recebeu seu primeiro consulado em 177 e, no mesmo ano, tornou-se governante, juntamente com seu pai. Os últimos três anos do reinado de Marco Aurélio foram ocupados com a luta contra os germanos e, quando este morrera em 180, Cômodo tornou-se o único imperador.
O julgamento da posteridade sobre seu reinado reforçou a noção de que ele era ocioso, corrupto e dissoluto, embora um historiador da época estivesse mais inclinado a interpretar suas falhas como uma vulnerabilidade às más influências. De acordo com Edward Gibbon, o começo de seu governo como único imperador foi um momento único na história do Império.
O julgamento da posteridade sobre seu reinado reforçou a noção de que ele era ocioso, corrupto e dissoluto, embora um historiador da época estivesse mais inclinado a interpretar suas falhas como uma vulnerabilidade às más influências. De acordo com Edward Gibbon, o começo de seu governo como único imperador foi um momento único na história do Império.
No início de seu reinado, Cômodo conservou os serviços dos melhores auxiliares de seu pai, embora agisse contra seus conselhos ao concluir, imediatamaete, um tratado de paz com os germanos, tratado que envolvia o pagamento de pesados subsídios e a evacuação das guarnições romanas dos territórios que haviam sido ocupados por Marco Aurélio. Voltou a Roma, onde foi muito bem recebido, mas as coisas logo começaram a complicar-se. Em 182, um suposto plano para assassiná-lo envolveu sua irmã Lucilla e outras pessoas importantes. Desse momento em diante, Cômodo mostrou uma crescente hostilidade ao Senado, passando a govenar através de seus favoritos pessoais: primeiro Tigídio Perene (até 185), depois Cleandro (até 189) e, finalmente, Emílio Leto.
Depois de firmada a paz nas fronteiras germanicas, um único poblema militar mais sério ocorreu em seu reinado. Em 184 os caledônios da Bretanha atravessaram a Muralha de Antonino e invadiram o sul da Escócia. Foram necessárias três campanhas, levadas a efeito pelo governador Úlpio Marcelo, para que eles fossem contidos.
Os últimos anos de Cômodo foram marcados por seus excessos pessoais. Afirma-se até mesmo que a cidade de Roma mudou então seu nome para Colônia Comodiana. Em 190, a eleição do consulado foi uma farsa: elegeram-se vinte e cinco cônsules para o mesmo ano. Cômodo exibia grande devoção ao culto de Hércules. Foi a paixão de Cômodo pela luta de gladiadores, como espectador e como participante, o que o levou a seus maiores excessos. Em 192 organizou uma extravagante série de jogos que duraram duas semanas, e na qual tomou parte pessoalmente. A gota d'água parece ter sido sua idéia de aparecer como cônsul, em primeiro de janeiro de 193, vestido com roupas de gladiador. Um plano para assassiná-lo foi arquitetado por Márcia, Ecleto e Emílio Leto. Na véspera do ano-novo, tentaram envenená-lo; quando este plano falhou, mandaram um atleta chamado Narciso estragulá-lo.
Foi cremado e suas cinzas depositadas no Mausoléu de Adriano, em Roma. As novas de sua morte provocaram manifetações de alegria ao Senado e pensamentos de vingança: sua memória foi apagada (dammatio memoriae), mas logo restaurada por Severo, que o deificou - consequência óbvia das próprias ilusões de Severo, que alegava ser filho de Marco Aurélio.
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Não o conhecia.
ResponderExcluirEste tipo de mateial devia ser mais explorado nas escolas.
Se é que isso acontece.