Nerva

NERVA (Nerva), Imperador




Marco Coceio Nerva (Marcus Conceius Nervae) foi imperador romano de 8 de Novembro de 95 a 27 de Janeiro de 98. Foi cônsul com Vespasiano (em 71) e com Domiciano (em 90). Quando este foi assassinado, extinguindo-se a dinastia dos Flávios, o Senado elegeu e aclamou Nerva, um de seus membros, Imperador de Roma (96-98 d.C.).

Uma de suas primeiras ações foi adotar o general Trajano como filho. Mostrou grande sabedoria e moderação. Interessado no bem-estar econômico, procurou reduzir os gastos do governo. Seu reinado foi breve, pois ao assumir o poder já era um homem de idade avançada. Iniciou a dinastia dos Antoninos. Sucedeu-lhe Trajano.



Quando se organizou a conspiracão contra Domiciano, Nerva aceitou ser o sucessor. Se tinha grande apreço a ele como antigo senador. Na morte de Domiciano, Nerva foi aclamado imperador com um enorme consenso de todas as classes. Suas esperanças não foram frustradas, segundo Tácito, durante seu breve reinado uniu as idéias de império, liberdade e paz, iniciando um ciclo que logo será considerado de ouro. Ao que tudo indica, foi em seu governo que o idoso apóstolo João foi libertado do exílio na ilha de Patmos (ilha próxima da Ásia Menor) por volta do fim do primeiro século de nossa era comum.

Ordenou de imediato que cessassem as perseguições contra os cristãos, permitiu o regresso a Roma dos desterrados, acabou com os processos por lesa majestade, devolveu suas prerrogativas ao Senado, usou incluso seu próprio patrimônio para socorrer a os pobres, mas foi especialmente severo com os delatores. Apesar de tudo isto, ocorreu uma conspiração contra ele (teve que afrontar uma conspiração), que acabou desterrando a Tarento a cabeça: o senador Calpúrnio Crasso. Em 97 foi cônsul pela terceira vez, junto a Virgínio Rufo.

Quando pouco depois, Nerva, velho e doente, se deu conta de sua debilidade, pensou em adotar a um filho. Zeloso ao interesse do estado, não elegeu ninguém de sua família, elegeu a Marco Úlpio Trajano, que comandava as legiões do Reno. A adoção coincidiu com uma vitória na Panônia, motivo pelo qual deu ao adotado Trajano o apelativo de César Germánico e o nomeou tribuno e procônsul.

Nerva compartiu o consulado com Trajano em 98, mas só três meses depois morreu. Celebrou-se uma exéquias de grandes honras por desejo expresso de seu sucessor. Suas cinzas se colocaram no mausoléu de Augusto.




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Enfermeiro formado pela UFRJ. Pós-graduado em saúde mental. Humanista. Áreas de interesse: Cinismo; materialismo francês; Sade; Michel Onfray; ética. Idealizador e escritor do Portal Veritas desde dez/2005.

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